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O Sindicado dos Professores (Sinprof) em Luanda considera “corajosa” a posição do ministro da Educação, Mpinda Simão, que reconhece existir debilidades no ensino primário e secundário em consequência da “reforma educativa” implementada no país, que para o Sinprof o sistemou provou um “retrocesso tremendo ao sector da educação”.

Fonte: Radio Angola
Falando num encontro com os professores locais no município de Katchiungo, província do Huambo, o governante afirmou que muitos alunos saídos do sistema de ensino de base não conseguem prosseguir no ensino universitário por insuficiência de conhecimentos.

“Nem todos que veem do ensino básico trazem conhecimentos suficientes para poderem continuar a sua formação sem constrangimentos. É um problema que ainda vivemos, os alunos recebem certificados, mas quando são avaliadas as suas competências nem todos que foram certificados demonstram ter essas competências”, manifestou.

Para o secretário-geral do Sindicato dos Professores em Luanda, Fernando Tomé Laureano que louva o reconhecimento do ministro Mpinda Simão, disse à Rádio Angola que não basta apenas que o ministro da educação reconheças as debilidades e terminar nos discursos.

“Qualquer diploma que o ministério da educação pretenda implementar no ramo da educação é importante que os parceiros sociais deste pelouro, mas infelizmente não fomos tidos nem achados na altura na produção da reforma educativa para darmos o nosso parecer”, lamentou.

Fernando Laureano frisou que reiteradas vezes que o Sinprof alertou ao ministério da educação que “a reforma educativa veio de forma brusca e, como se tem dito na gíria, o ministério pós a carroça à frente dos bois e nós despertamos isso, primeiro na formação dos próprios professores que não estavam preparados para receberem essa reforma educativa, para além da não criação de condições de trabalho”.

O responsável do Sindicato dos Professores em Luanda descreve que, entre os aspectos que enfermam o sistema de “reforma educativa” é a elaboração de conteúdo que não corresponde à expectativa em termos de conhecimento científico para com os professores que sua vez devem transmitir aos seus educandos.

“Lamentamos porque, temos alguns governantes que acham que são os donos da verdade e não têm a cultura de humildade, de reconhecer o erro e ouvir os outros”, disse, acrescentando que “esse reconhecimento do ministro não seja só por palavras, mas sim deve ser feito por actos concretos”.

Acompanhe os argumentos à Rádio Angola, do secretário do Sinprof em Luanda, Fernando Tomé Laureano, em reacção aos pronunciamentos do ministro da Educação Mpinda, que admite debilidades dos alunos em consequência da implementação da Reforma Educativa: